Fazendo Gênero 10 - Desafios atuais dos feminismos
Universidade Federal de Santa Catarina - 16 a 20 de Setembro de 2013
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Lançamento de livros, revistas e DVD's
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Guia de Orientações Básicas sobre Gênero, Deficiência e Acessibilidade. Acesso AQUI

 

A comissão organizadora disponibiliza as orientações para lançamentos.

Dando continuidade à proposta do Fazendo Gênero em divulgar, durante o evento, publicações recentes de livros, revistas e DVDs, a comissão organizadora receberá propostas que estejam diretamente vinculadas ao tema geral do evento: estudos de gênero e feminismos. Além do critério temático, serão considerados ainda os seguintes:

 

  • Cunho científico e qualidade reconhecida na área dos estudos de gênero e temas afins;
  • Publicação em 2012 e 2013, e
  • Revistas com dossiês relacionados a gênero e feminismos.

 

Apenas uma pessoa responsável pela publicação precisará inscrever a publicação. Para tanto, deverá acessar a Área do/a inscrito/a, entre os dias 04 de março de 2013 e 03 de maio de 2013, e preencher todos os campos obrigatórios para essa modalidade de participação. Junto ao formulário de inscrição, a pessoa deverá carregar imagem da capa em formato .jpeg (resolução 300 dpi).

 

O resultado das publicações aceitas para o lançamento será divulgado em 07 de junho de 2013.

 

A sessão acontecerá na noite de 18 de setembro de 2013, quarta-feira.

 

A comissão esclarece que as/os autoras/es deverão se responsabilizar pelo transporte das obras até o local do lançamento, pela venda dos exemplares, bem como pelo recolhimento dos livros após a sessão de autógrafos.

 

Asessão de Lançamentos do Fazendo Gênero 10 será realizada no Auditório Guarapuvu do Centro de Cultura e Eventos, na quarta-feira, dia 18 de setembro, às 18h30min.


Lançamentos aprovados

Autor: Amaro Xavier Braga Jr. e Valéria Fernandes da Silva (org)

Referência Completa: BRAGA JR, Amaro Xavier; SILVA, Valéria Fernandes da (Orgs). Gênero e Sexualidade nas Histórias em Quadrinhos. Alagoas: EDUFAL, 2013, 430p.

Tema: Vol1 - Representações do Feminino nas Histórias em Quadrinhos. 242p. A coletânea analisa como as questões de gênero estão sendo trabalhadas nos quadrinhos. concentra-se na representação dos papeis femininos dos quadrinhos infantis nacionais (como a mônica) e internacionais (como em mafalda); passando pelos quadrinhos de superheróis e so surgimento da superheroína nos comics, dos papeis femininos e as representação de personagens femininas nos mangás shonen e shojo até as publicações autobiográficas undergrounds que destacam o papel da mulher no irã e nos quadrinhos feministas norte-americanos. Vol2 - Questões de Sexualidade nas Histórias em Quadrinhos. 177 p. O trabalho analisa a representação as identidades sexuais nos quadrinhos. discutindo os limites entre pornografia e erotismo, tanto nos quadrinhos norte-americanos de super-heróis, passando pela diversidade de identidades sexuais dos mangás até os quadrinhos independentes e nacionais. A análise apresenta estudos sobre o lesbianismo,a pesar do foco maior ser a homossexualidade masculina. Analisa as relações que os quadrinhos fazem entre violência, sexualidade e perversão.

Autor: Andréa Figueiredo Leão Grants, Gizelle Kaminski Corso, Jair Zandoná, Stélio Furlan, Susan A. de Oliveira, Tanay Gonçalves Notargiacomo

Referência Completa: Revista Anuário de Literatura, Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Comunicação e Expressão, Vol. 18, Esp. n.1, 2013.

Tema: A Revista Anuário de Literatura lança em 2013 um número sobre "Literatura e Mulher", organizado com a colaboração das professoras Tânia Regina Oliveira Ramos e Zahidé Lupinacci Muzart. O número conta com a contribuição de Sara Beatriz Guardia (Universidade de San Martín de Porres, Lima, Peru), Constância Lima Duarte (UFMG), Norma Telles (PUC-SP), Anselmo Peres Alós (UFSM), entrevista com Elvira Vigna (escritora), Carola Saavedra (escritora), Conceição Evaristo (escritora) Claudia Nina (escritora), Luciana Calado (UFPB), Carla Rodrigues (UFRJ), Simone Schmidt (UFSC), Luciana Borges (UFG), entre outras.

Autor: Anselmo Peres Alós

Referência Completa: ALÓS, Anselmo Peres. A letra, o corpo e o desejo: masculinidades subversivas no romance latino-americano. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2012. 240 p.

Tema: Com um recorte interdisciplinar que conjuga aportes de teorias feministas, estudos de narratologia e epistemologia queer, Anselmo Peres Alós conduz uma investigação minuciosa, honesta e criativa, de obras de Manuel Puig, Jaime Bayly e Caio Fernando Abreu, aprofundando questões relativas à textualidade e seus espaços de resistência com relação aos dispositivos que regulam, no corpo da letra, o corpo sexual e gendrado, signo de tensões e impasses resultantes de suas confluências com tropos do corpo social/nacional. Comentário da quarta capa, assinado pela Profa. Dra. Rita Terezinha Schmidt, docente da UFRGS e pesquisadora 1B do CNPq]. O livro que a Editora Mulheres tem o prazer de editar é resultado de sua tese de doutoramento agora despidas das formalidades do estilo tese. O autor concatena as diversas teorias que fundamentam suas análises de um modo surpreendente, uma levando à outra e todas necessárias à montagem de sua própria teoria. [Orelha da primeira capa, assinada pela Profa Dra. Zahidé Lupinacci Muzart, docente da UFSC e pesquisadora 1A do CNPq].

Autor: Carla Bassanesi Pinsky e Joana Maria Pedro

Referência Completa: PINSKY, Carla Bassanesi; PEDRO, Joana Maria. Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 2012.

Tema: Afinal, o que querem as mulheres? O que já conquistaram ao longo do século XX e início do século XXI? Que caminhos deverão seguir daqui para frente? Essas são algumas das questões que as autoras – especialistas em diferentes áreas do conhecimento – respondem neste livro. Estudantes, professores e pesquisadores se beneficiam de uma obra abrangente e atualizada sobre o assunto. Responsáveis por políticas públicas encontram aqui material para ajudar a executá-las. Ativistas, militantes de movimentos sociais, feministas e ONGs podem, com este livro, alicerçar melhor suas demandas. Jornalistas e profissionais das áreas de Direito, Saúde e Educação ganham subsídios para desenvolver com mais qualidade o seu trabalho. Nova História das Mulheres destina-se, além de tudo, a homens e mulheres que acreditam que compreender as relações sociais por meio da História contribui para melhorar o entendimento entre as pessoas. Um livro para todos os públicos.

Autor: Carla Fernanda da Silva e Celso Kraemer (Orgs.)

Referência Completa: SILVA, Carla Fernanda. KRAEMER, Celso. Corpos Plurais: experiências possíveis. Blumenau: Ed. Liquidificador, 2012, 322p.

Tema: Um livro-experiência. É desta forma que podemos designar o livro Corpos Plurais: experiências possíveis, onde buscamos cartografar nossa convivência de pesquisa sobre o Corpo, Gênero e Arte, dividida, incentivada, debatida, provocada por alunos e amigos. Diálogos em que nossa curiosidade transitou entre o ingênuo e o olhar sutil e perspicaz, por vezes malicioso, de pesquisadores e acadêmicos. O Corpo é o eixo central do livro, espaço onde ocorrem as experiências de gênero e arte. Nas trocas afetivas, cognitivas, estéticas e éticas a que estamos acostumados em nossa sociedade ocidental, naturalizaram em nós uma divisão do ser humano em corpo e mente, ou corpo e alma. À mente/alma é atribuída certa superioridade em relação ao corpo. Na tradição de nosso ethos o corpo é pensado como espaço do instinto, do descontrole, do mal e do pecado. Muitas vezes, resta-lhe o desprezo; em tantas outras vezes, é o corpo o espaço da manobra, da expropriação, do uso, sobre o qual incidem as estratégias, os dispositivos e as tecnologias de poder. Nessa tradição tornou-se verdade evidente e inequívoca de que é por meio da mente que ‘verdadeiramente’ conhecemos o mundo. Estabeleceu-se, assim, uma hierarquia entre mente e corpo. É no interior destas crenças que se põe o desafio de promover o debate sobre o Corpo, desafio de possibilitar o reconhecimento da dualidade que nos é atribuída, estudá-la e investir em experimentações que sejam formas de inverter o modo de compreensão...

Autor: Carlos Eduardo de Oliveira Bezerra (Org.)

Referência Completa: MOREIRA, Adailson, BEZERRA, Carlos Eduardo, SILVA, Telma Maciel da. (Orgs.). Arco-íris revisitado: diversidade sexual em pauta. Porto Alegre: Editora Escândalo, 2012. 249p.

Tema: A palavra Diversidade está na própria concepção de Arco-íris revisitado: diversidade sexual em pauta, uma vez que também são diversas as orientações teóricas, áreas de atuação e filiações acadêmicas dos autores. Em consequência disso, temos um livro com uma gama também diversa de temáticas, que vão desde a exposição da luta do movimento homossexual no Brasil, até a análise de textos literários cujas temáticas tocam, de um modo direto ou indireto, na questão da homossexualidade. O presente volume oferece visões variadas sobre a questão das homossexualidades, trazendo a público pesquisas em várias áreas das ciências humanas, que apontam para um aprofundamento significativo sobre as diversas questões que nos tem afetado enquanto sujeitos ao longo do tempo.

Autor: Claudia Regina Nichnig

Referência Completa: NICHNIG, Claudia Regina. Mulher, Mulheres, Mulherio: discursos, resistência e reivindicações por direitos. Rio de Janeiro: Multifoco, 2013.

Tema: As décadas de 1970 e 1980 são emblemáticas da efervescência por mudanças sociais. No Brasil, demandas de trabalhadores, estudantes e organizações populares começavam a ser grafadas em direitos. Ecoavam também as vozes das mulheres, nos movimentos sociais, na academia. Vozes que resistiam a um lugar de saber-poder hierarquizante e opressor. Este livro procura observar esses cenários marcados por mulheres que clamavam por rupturas de normas e padrões, que através das reivindicações de mudanças nas legislações contam a sua, a nossa história.

Autor: CRISTINA CARRASCO, Marilane Oliveira Teixeira (Introdução da edição brasileira): Nalu Faria e Renta Moreno (Apresentação), José Valenzuela Perez (Tradução do catalão).

Referência Completa: CARRASCO, Cristina. Estatísticas sob suspeita: proposta de novos indicadores com base na experiência das mulheres / Cristina Carrasco; tradução José Valenzuela Perez . São Paulo, SOF Sempreviva. Organização Feminista, 2012 , 160 p.

Tema: O estudo realizado por Cristina Carrasco para o Instituto Catalão das Mulheres, reproduzido integralmente, propõe um novo modelo para compreender e analisar a realidade. Esta proposta não toma a experiência dos homens como universal, de modo que permite compreender a realidade das mulheres independente dos referenciais masculinos. Este novo modelo tem como base para sua formulação a experiência de mulheres e homens e o objetivo de se medir a satisfação das necessidades humanas, para orientar o planejamento de políticas geradoras de igualdade. A publicação da obra é uma contribuição com o debate para a proposição e formulação de políticas de igualdade de vida no campo e na cidade. As referências da sociedade em que o estudo foi realizado, a Catalunha, são distintas da brasileira. Estudos deste tipo no Brasil devem, necessariamente, refletir a diversidade regional, a realidade rural e urbana e as dimensões de raça e etnia que marcam as relações sociais no país. A reflexão sobre estatísticas e indicadores não androcêntricos e a realização de estudos deste tipo em nivel local, a partir dos movimentos sociais e do poder publico, são caminhos para avançar na compreensão da desigualdade e como alterar esse quadro existencial. E, assim, avançar na construção de politicas de igualdade entre homens e mulheres a partir da compreensão das diferenças que marcam suas condições de vida.

Autor: Cristina Scheibe Wolff, Mara Coelho de Souza Lago, Tânia Regina Oliveira Ramos

Referência Completa: Revista Estudos Feministas. Universidade Federal de Santa Catarina, Vol. 21, n. 2, 2013 [com seção especial: REF 20 anos, organizada por Tânia Regina Oliveira Ramos e Zahidé Lupinacci Muzart]

Tema: Segundo Tânia Regina Ramos e Zahidé Muzart, organizadoras da Seção Especial que traz reflexões sobre militância e academia em publicações feministas, a partir dos trabalhos apresentados no evento realizado na UFSC em novembro de 2012 para comemorar os 20 anos da REF, os ensaios nela reunidos constituem um arquivo, uma biblioteca e, acima de tudo, um mapeamento parcial das publicações feministas. Constituem, segundo elas, uma síntese da geopolítica de uma intensa produção. Claudia de L. Costa, organizadora da Seção Debates deste número da REF, ressalta, em sua apresentação, que as teorias feministas latino-americanas operam dentro de uma referência epistemológica distinta do modelo que estrutura as articulações entre centro e periferia, tradição e modernidade, e que as estreitas relações entre feminismos e pós-colonialismos, historicamente silenciadas nos debates latino-americanos sobre a crítica pós colonial, tornam-se evidentes no tropo da tradução.

Autor: Daniele Andrade da Silva; Jimena de Garay Hernandez; Aureliano Lopes da Silva Junior; Anna Paula Uziel

Referência Completa: ANDRADE, Daniele; DE GARAY HERNANDEZ, Jimena; LOPES, Aureliano; UZIEL, Anna Paula. Feminilidades: corpos e sexualidades em debate. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013. 310 p. (Coleção Sexualidade, Gênero e Sociedade – CLAM/IMS/UERJ)

Tema: Este livro é fruto das discussões promovidas pelo Seminário “Corpos, Sexualidades e Feminilidades”, realizado entre os dias 26, 27 e 28 de setembro de 2012 na UERJ, Rio de Janeiro. Com o objetivo de colocar em perspectiva as pluralidades que tocam múltiplas e distintas feminilidades e seus mais diversos e plurais corpos, este Seminário se estruturou nos seguintes eixos: 1- Direitos sexuais, saúde e relações étnico-raciais: perspectivas feministas. Textos de Sônia Correa e Jurema Werneck; 2- Femininos trans: os corpos femininos que se constroem. Textos de Daniela Murta, Guilherme Silva de Almeida, Giowana Cambrone Araújo e Alessandra Ramos; 3- Prostituição: os corpos como mercadoria ou a sexualidade como atividade econômica? Textos de Indianara Siqueira, Adriana Piscitelli, Carmen Lúcia de Souza Paz e Ana Paula da Silva; 4- Corpos femininos no limiar de regulações jurídicas. Textos de Naara Luna, Heloisa Helena Barboza, Eleutéria Amora e Maria Luiza Heilborn. 5- Maternidades: femininos, direitos, desconstruções. Textos de Georgina Martins, Monica Fortuna Pontes, Edu Cavadinha e Thais de Vilhena Moraes Silva. São estas discussões que aqui se encontram registradas, em um misto de relatos de trajetórias de vida, reflexões acadêmicas e de movimentos sociais e políticos. Diversos corpos e heterogêneas sexualidades ética, estética e politicamente construídos e vivenciados no feminino. PS.: Na impossibilidade de já enviarmos a capa do livro, anexamos o folder do evento de 2012.

Autor: Gabriel Felipe Jacomel

Referência Completa: JACOMEL, Gabriel Felipe. Falar de si, falar de nós - o teatro feminista em tempos de ditadura. Rio de Janeiro: Multifoco, 2013. 202p.

Tema: As décadas de ditadura militar no Brasil (1964-1985) e no Chile (1973-1990) foram palco para intensas mudanças políticas cuja abrangência alcançou a vida de um expressivo número de pessoas. Em meio a essa multiplicidade de grupos e propostas, os movimentos feministas, a partir da segunda metade do século XX, voltaram a se expandir e a se articular de maneira bem estruturada em muitos países. O experimentalismo feminista no teatro chileno e brasileiro foi, nesse sentido, um motor criativo de feminilidades alternativas, de agentes ativas que colocaram em questão o “ser mulher” em uma série de peças. Uma feminilidade compartilhada coletivamente nos palcos dos países cá estudados numa constante transformação.

Autor: Graziela Rinaldi da Rosa

Referência Completa: ROSA, Graziela Rinaldi. As Relações de Gênero na Filosofia. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2012, 116 p.

Tema: Em “As relações de gênero na Filosofia” de Graziela Rinaldi da Rosa encontramos a expressão deste não-presente através da reflexão sobre a relação difícil entre as mulheres e a Filosofia; da narrativa de uma história das ideias em que as mulheres, quando não são agredidas, são simplesmente desprezadas enquanto pensadoras que tiveram uma significação importante em diferentes momentos históricos. Não se trata apenas (ou tudo isso) de resgatar uma história e recontá-la desde outros sujeitos. Precisamos compreender a força revolucionária e de resistência neste movimento narrativo. Fora negado às mulheres o pensar como uma experiência possível e significativa. No entanto não deixaram de vivenciar esta experiência. De formas diversas, ocupando as ruas, a academia, os movimentos sociais; ou de forma secreta em seus diários, cartas, sonhos... as mulheres foram se fazendo mulheres. Sempre é bom lembrar o pensamento de Simone de Beauvoir, que antes mesmo de se utilizar o conceito de gênero como uma ferramenta importante para entendermos este processo histórico, já nos falava de uma construção cultural de ser mulher. A visibilidade carrega, portanto, um compromisso politico, uma necessidade de justiça histórica e social diante da condição que muitas mulheres foram colocadas.

Autor: Joseli Maria Silva; Marcio Jose Ornat; Alides Baptista Chimin Junior

Referência Completa: SILVA, Joseli Maria; ORNAT, Marcio Jose; CHIMIN JR, Alides Baptista. Geografias Malditas. Corpos, Sexualidades e Espaços. Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, 2013, 350 p.

Tema: Geografias Malditas está organizado em torno de três seções distintas. A primeira seção, “Geografias travestis, por elas mesmas”, consiste de capítulos de autoria de travestis, em que narram as suas próprias geografias. A segunda seção, “Trajetórias de conhecimento conjunto produzido pelo Grupo de Estudos Territoriais e as travestis”, foi escrita por pesquisadores acadêmicos que trabalham com travestis como voluntários em ONGs. A terceira seção, “Diversos espaços, múltiplas realidades trans”, inclui ensaios sobre geografias travestis e transgêneros escritos por estudiosos de fora do Brasil. O livro apresenta ensaios baseados em experiências vividas por travestis e transgêneros em um número de localidades que vão desde o Brasil e a Espanha até o Chile e a Nova Zelândia. Eles também examinam essas experiências em uma série de escalas espaciais. Também é notável que alguns capítulos contemplam as dimensões transnacionais das geografias de travestis e transgêneros. Um aspecto particularmente inovador deste livro é a primeira seção, em que travestis narram suas próprias experiências de espaço e lugar. As vozes de travestis, trangêneros e outras minorias sexuais estão muitas vezes ausentes das discussões acadêmicas, o que faz com que suas vidas possam ser coisificadas e exotizadas. É, portanto, uma contribuição particularmente importante deste livro que geografias travestis são abordadas a partir das perspectivas de travestis.

Autor: Juliana Frota da Justa Coelho

Referência Completa: COELHO, Juliana Frota da Justa. Ela é o show: performances trans na capital cearense. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2012. 164p.

Tema: Teatros, casas de espetáculos, blocos de carnaval, concursos de fantasias e de beleza têm se mostrado como espaços nos quais a construção da visibilidade das homossexualidades e performances de gêneros não heterossexuais de certa forma conseguem aparecer como experiência artística, conseguindo cavar brechas na estereotipia necessariamente patológica. E no contexto fortalezense? Como os espetáculos de transformistas, travestis e drag queens construíram seu percurso nessa capital? Como a visibilidade desses performers foi se construindo na cidade? Qual a importância desses espetáculos para a ressemantização ou mesmo explosão dos padrões binários de gênero e sexualidade?

Autor: Letícia Cardoso Barreto

Referência Completa: BARRETO, Letícia Cardoso. Prostituição, gênero e trabalho. Rio de Janeiro: Multifoco, 2013, 248p.

Tema: O livro apresenta pesquisa que teve como objetivo levantar diferentes formas de hierarquização e os modos como têm sido politizadas e enfrentadas por prostitutas, no contexto de Belo Horizonte. Para atingir estes objetivos, foram utilizadas diferentes estratégias metodológicas como a visita a áreas de prostituição, a observação participante, a coleta documental e o registro em diário de campo. Apesar do uso de diferentes métodos, as entrevistas semi-estruturadas, realizadas com informantes-chave, de diferentes instituições, e com prostitutas de Belo Horizonte, foram o foco analítico deste trabalho. A partir dessas entrevistas, objetivamos localizar as hierarquias relacionadas ao trabalho, ao gênero e à sexualidade. Os resultados apontaram que cada uma dessas hierarquias atua por lógicas próprias que determinam diferentes modos de opressão. Apesar disso, essas categorias se articulam de forma a originar novos meios de opressão. As entrevistas indicaram ainda que tem havido um questionamento das hierarquias por parte das prostitutas e que esse tem ocorrido principalmente em contextos invisibilisados.

Autor: Loreley Garcia e Liane Schneider

Referência Completa: Revista Ártemis- Estudos de Gênero,Feminismos e Sexualidades ISSN 23165251 vols. XV (jan-jun) XVI(ago-dez) 2013

Tema: Periódico semestral na área de Estudos de Gênero e Sexualidades

Autor: Loreley Gomes Garcia

Referência Completa: GARCIA, Loreley Gomes. Meio Ambiente e Gênero. São Paulo: Ed. SENAC, 2012, 228p.

Tema: Neste livro, duas áreas aparentemente desconexas unem-se para criar uma obra única e de interesse fundamental para os leitores interessados nas questões ambientais e de gênero. Em Meio Ambiente & gênero, Loreley Garcia explana como a igualdade de participação de homens e mulheres pode garantir a erradicação da pobreza, bem como a proteção e gestão dos recursos naturais, o desenvolvimento econômico e social e conquistas na área da saúde. Para a autora, somente quando as instituições nacionais integrarem a perspectiva de gênero em seus arranjos institucionais, elas alcançarão o desenvolvimento sustentável - um tema de alta importância para o homem do século XXI.

Autor: Louise Amaral Lhullier (organizadora)

Referência Completa: Título: Quem é a psicóloga brasileira? Sub-título: Mulher, psicologia, trabalho Editora: Conselho Federal de Psicologia Ano: 2013 Número de páginas: 160

Tema: Esta publicação, a primeira que focaliza especificamente as mulheres na Psicologia brasileira, visa principalmente dar visibilidade e fazer circular aquilo que uma pesquisa quantitativa nacional realizada pelo Conselho Federal de Psicologia revelou sobre as psicólogas brasileiras. Além de um perfil dessas psicólogas, os diversos autores que se dedicaram a analisar os resultados da pesquisa buscaram interpretá-los, seja à luz de outros estudos no âmbito dos temas mulher e trabalho, seja através de comparações diretas com dados relativos a outras populações que permitiram situar os resultados relativos a essas profissionais, ou, ainda, utilizando referências mais específicas. O livro detalha, ainda, a metodologia utilizada e traz informações sobre a presença feminina em postos de representação de organizações da Psicologia brasileira.

Autor: Lúcia Freitas e Veralúcia Pinheiro

Referência Completa: FREITAS, Lúcia; PINHEIRO, Veralúcia. Violência de gênero, linguagem e direito: análise de discurso crítica em processos da Lei Maria da Penha. São Paulo: Paco, 2013. p.164.

Tema: O livro compila resultados de pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (edital MCT/CNPq/SPM-PR/MDA nº. 57/2008 sobre gênero e feminismos), realizada no período de 2009 e 2010, sobre três eixos temáticos específicos: Violência de Gênero, Linguagem e Direito. O primeiro elemento que encabeça esse tripé, a “violência de gênero”, constitui o problema central do estudo. No “direito” são acessados os dados concretos sobre o problema, a partir de processos enquadrados na Lei Maria da Penha. E a “linguagem”, que ao mesmo tempo registra e lida com a questão, compreendida dentro de uma linha de estudos linguísticos denominada Análise de Discurso Crítica, fornece as próprias ferramentas analíticas que enfocam a violência em estudo. A união das três áreas independentes é estabelecida com vistas a empreender uma abordagem transdisciplinar, que busca superar as limitações de teorias baseadas em visões fechadas, construídas a partir da crença na pureza conceitual e na idéia de autonomia de campos do conhecimento, com a qual procuramos romper nesta obra. O propósito final é traçar um quadro sobre o fenômeno da violência de gênero a partir de registros oficiais e sua linguagem própria e apreender de que forma o campo jurídico interpreta os direitos conquistados pela mulher brasileira na contemporaneidade.

Autor: Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne

Referência Completa: PIZAN, Christine de. A Cidade das Damas. Tradução e apresentação de Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne. 2.Ed. Florianópolis: Editora Mulheres, 2012, 352p.

Tema: O livro A Cidade das Damas é a primeira tradução em língua portuguesa da obra medieval La Cité des Dames, escrita em francês antigo por Christine de Pizan. A tradução foi feita a partir da edição do manuscrito 607, conservado na Biblioteca Nacional de Paris, o “Manuscrito do Duque”. A apresentação do presente livro, intitulada “O lugar da utopia na Cité des Dames” é parte integrante da tese de doutorado “A Cidade das Damas: a construção da memória feminina no imaginário utópico de Christine de Pizan” , defendida em 2006, na UFPE, sob a orientação da profª Luzilá Gonçalves e do prof. Claude Roussel, da Université Blaise-Pascal, na França.

Autor: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli

Referência Completa: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Teoria política feminista: textos centrais. Vinhedo: Horizonte, 2013.

Tema: Na teoria política produzida nas últimas décadas, a contribuição do feminismo se mostrou crucial. O debate sobre a dominação masculina nas sociedades contemporâneas – ou o “patriarcado”, como preferem algumas – abriu portas para tematizar, questionar e complexificar as categorias centrais por meio das quais era pensado o universo da política, tais como as noções de indivíduo, de espaço público, de autonomia, de igualdade, de justiça ou de democracia. Não é mais possível discutir a teoria política ignorando ou relegando às margens a teoria feminista, que, neste sentido, é um pensamento que parte das questões de gênero mas vai além delas, reorientando todos os nossos valores e critérios de análise. Esta coletânea apresenta um panorama, inédito no Brasil, da teoria política feminista produzida a partir dos anos 1980, dando continuidade a um esforço que teve, como primeiro fruto, o volume dos mesmos organizadores, retratando o impacto dos estudos de gênero na teoria política brasileira (Biroli e Miguel, 2012, Editora Horizonte). São artigos e capítulos de livros nunca antes traduzidos para o português, cujas autoras são intelectuais de primeira linha, que participaram da definição da agenda contemporânea do feminismo – nos debates teóricos e na prática política –, redefinindo seus limites. Ou talvez seja melhor dizer feminismos, já que a pluralidade de abordagens é uma das características que a coletânea busca preservar.

Autor: Mara Coelho de Souza Lago

Referência Completa: Revista Estudos Feministas. Universidade Federal de Santa Catarina, Vol. 21, n. 2, 2013 [Com seção especial: REF 20 anos, organizada por Tânia Regina Oliveira Ramos e Zahidé Lupinacci Muzart]

Tema: Acompanha seção de artigos temáticos que agrupa um conjunto de textos que permitem visualizar um panorama sobre masculinidades plurais e, ao mesmo tempo, apresentam reflexões sobre as possibilidades do uso dessa categoria em uma perspectiva comprometida com os estudos feministas.

Autor: Mara Coelho de Souza Lago; Maria Juracy Filgueiras Toneli; Mériti de Souza

Referência Completa: LAGO, Mara Coelho de Souza; TONELI, Maria Juracy Filgueiras; SOUZA, Mériti de. Sexualidade, gênero, diversidades. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013.

Tema: Na presente coletânea, dentre tantas questões possíveis, debruçamo-nos em torno do que poderíamos chamar em algum momento de ‘’desqualificado’’. Buscamos oferecer visibilidade ao invisibilizado historicamente: jovens institucionalizados e/ou produzidos como delinquentes, a convivência com o HIV/Aids, mulheres deficientes físicas, paternidades negadas e/ou produzidas pelos dispositivos jurídicos, ações políticas e efeitos de subjetivação como na militância feministas, as políticas públicas como a do SUS e seus efeitos e implicações na subjetivação dos homens, mulheres violentadas e o aparato legal, práticas sexuais divergentes da heteronorma e das prescrições de cuidados, redes sociais como o Orkut e formas de controle. A diversidade presente nos textos reunidos, embora inclua perspectivas teóricas distintas, guarda o caráter de problematizar e criticar as verdades tidas como absolutas e a-históricas. Importa-nos desnaturalizá-las, historicizá-las, questionar seu caráter normativo, profaná-las, não temer a instabilidade das teorias, dos conceitos, das categorias, das práticas e dos processos.

Autor: Margareth Rago

Referência Completa: RAGO, Margareth. A Aventura de Contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2013.

Tema: Partindo das narrativas autobiográficas de sete militantes feministas nascidas entre os anos quarenta e cinquenta, a autora investiga a maneira como essas mulheres abriram novos espaços na esfera pública e na vida política do Brasil, desde os violentos anos da Ditadura Militar. Procura dar visibilidade aos processos de invenção da subjetividade pelos quais puderam afirmar novos modos de existência, mais integrados e libertários, escapando das imposições normativas destinadas às mulheres naquele tempo. Nessa direção, trabalha com os conceitos de “artes do viver”, “parresia” e “escrita de si” da filosofia de Michel Foucault, assim como com operadores de Deleuze e da teoria feminista pós-estruturalista.

Autor: Maria do Carmo Saraiva e Neusa Dendena Kleiubing

Referência Completa: SARAIVA, Maria do Carmo, KEIUBING, Neusa Dendena. Dança, diversidade, caminhos e encontros. Jundiaí/SP: Paco Editorial, 2012, 188p.

Tema: Os textos desta coletânea tratam da dança no contexto da diversidade humana e discutem esta pratica como possibilidade de todos os corpos, respeitando e potencializando suas especificidades. O propósito é disponibilizar forma s de pensar e fazer dança que visam o respeito à diversidade e à inclusão. As discussões abarcam uma concepção de dança que amplia o olhar sobre o ser que dança; buscam apresentar as interfaces da dança com o viver humano nas diferentes fases da vida nas diferentes condições corporais de cada ser. São artigos decorrentes de investigações em que se envolveram as autoras e compõem uma rede de encontros com os legados da educação estética, indicando caminhos para potencializar a diversidade pelo movimento dançado.

Autor: Maria Helena de Paula Frota, Vívian Matias dos Santos, Hayeska Costa Barroso, Daniele Ribeiro Alves e Janaína Sousa Silva.

Referência Completa: FROTA, Maria Helena de Paula; SANTOS, Vívian Matias dos; BARROSO, Hayeska Costa; ALVES, Daniele Ribeiro; SILVA, Janaína Sousa. Assassinato de mulheres no Ceará: antes e depois da Lei Maria da Penha. Fortaleza: EDMETA, 2012. 158p.

Tema: O livro, Assassinato de Mulheres no Ceará: antes e depois da Lei Maria da Penha, analisa o fenômeno da violência contra a mulher em sua manifestação mais atroz: o assassinato. A obra é fruto de uma pesquisa financiada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República – SPM e CNPq. Com origem do ano 2000, foi possível observar o significativo aumento de homicídios no Estado, dentre os quais se destacou expoente registro de assassinatos cruéis de mulheres, indicando o crescimento da violência contra a mulher. Com suporte em pesquisa, realizada nos dois principais jornais de Fortaleza, Diário do Nordeste e O Povo, foram coletadas matérias referentes à temática. Outra fonte direta de informação adveio de dados estatísticos da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS-CE), trabalhados pelo Observatório da Violência contra a Mulher - OBSERVEM. Apresenta a pesquisa de campo realizada em 23 municípios cearenses de acordo com a incidência de assassinatos, totalizando 48 processos. Contempla também um dossiê com breves histórias de vida e morte das mulheres, onde incluímos a sua identificação, descrição dos assassinatos, e relatos das testemunhas. Discute o poder e violência sobre discursos e corpos, através da analogia sobre os corpos acerca do discurso dos médicos peritos sobre os laudos cadavéricos e a simbologia. Por fim, apresenta as Políticas Públicas de Retaguarda das mulheres, denominadas de Medidas Protetivas.

Autor: Maria Jaqueline Maia Pinheiro

Referência Completa: PINHEIRO, Maria Jaqueline Maia. Mulheres abrigadas, violência conjugal e trajetórias de vida. Fortaleza: EDMETA/ EdUECE, 2012. 229p.

Tema: A obra trata da violência contra a mulher e sua trajetória de vida, culminando com seu abrigamento por parte do estado. Em razão desta realidade, o movimento de mulheres reivindicou, dentre outras lutas, a instalação de casas-abrigos. No Ceará, em 1992, foi criada a Casa do Caminho – abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica, que tem como principal objetivo o acolhimento destas, juntamente com seus filhos, oferecendo-lhes proteção e possibilidade de recuperar a auto-estima. Esta pesquisa tem como objetivo apreender as representações sociais das mulheres abrigadas na Casa do Caminho, sobre a violência conjugal e o significado do abrigo em suas vidas. Trata-se de um estudo de campo, exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa, pois traça o perfil das mulheres acolhidas na casa-abrigo única de Fortaleza, no período de 1992 a 2002. Enfoca o processo de ruptura conjugal e os porquês do retorno da mulher à relação violenta. Analisam as dificuldades que as mulheres enfrentam nos “espaços de rupturas” e a fragilidade das políticas públicas em apoiá-las neste embate, bem como em promover condições para o empowerment das sobreviventes, a fim de mitigar esse fenômeno que atinge diariamente milhares de seres humanos. A obra está dividida em cinco capítulos, cujo conteúdo está expresso no resumo.

Autor: Marlene Neves Strey; Andressa Botton; Eliane Cadoná; Yáskara Arrial Palma

Referência Completa: STREY, Marlene Neves; BOTTON, Andressa; CADONÁ, Eliane; PALMA, Yáskara Arrial. Gênero e ciclos vitais: desafios, problematizações e perspectivas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. 292 p.

Tema: Com uma coletânea de doze capítulos que perpassam todas as fases do desenvolvimento humano, a obra traz questionamentos e problematizações presentes no campo da ciência e do nosso dia a dia, através do olhar de diferentes profissões. Versa sobre as diversas expressões de gênero nas diferentes etapas do ciclo vital, mostrando os inúmeros e possíveis modos de ser criança, adolescente, homem e mulher na idade adulta e na velhice. Considera, nessa perspectiva, que não podemos nos pautar apenas nas questões biológicas, pois estamos permeadas(os) pelas diferentes culturas, classes sociais, níveis educacionais, etnicidades, orientações sexuais e assim comprova como a temática do gênero sempre permeia todas as temáticas da Psicologia e das outras áreas do conhecimento.

Autor: Mauricio de Bragança (org.); Marina Cavalcanti Tedesco (org.)

Referência Completa: BRAGANÇA, Mauricio de; TEDESCO, Marina Cavalcanti (Orgs.). Corpos em projeção: gênero e sexualidade no cinema latino-americano. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013, 254p.

Tema: Modelos de representação e comportamento foram bastante recorrentes nos filmes de melodrama latino-americanos, subsidiados pela própria assimetria das relações entre gêneros na sociedade. Estes textos funcionavam como uma espécie de cartilha que tentava ensinar como ser homem e mulher dentro de uma matriz binária, heteronormativa e falocêntrica. O público, no entanto, recebia tais textos de várias formas, recriando, inclusive, outras performances de gênero nas práticas sociais e nos desafios da vida ordinária. Os estudos feministas e os estudos queer latino-americanos têm nessas narrativas cinematográficas um importante repertório para refletir sobre a construção e a desconstrução desses modelos genderizados, indicativos de políticas de representação no âmbito da cultura de massa. Para além dos filmes, parte das investigações se debruça sobre a participação feminina no processo de realização cinematográfica latino-americano, recuperando uma história que está ainda praticamente por ser feita. Neste gesto de pesquisa, predominam, até o momento, trabalhos sobre as diretoras. É, portanto, a partir desta dupla perspectiva que se organizam os artigos deste livro, dedicados ao cinema latino-americano.

Autor: Miriam Pillar Grossi et al (Orgs)

Referência Completa: Videolaulas: Gênero e Diversidade na Escola. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2013. DVD.

Tema: A Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, através do Instituto de Estudos de Gênero – IEG, vinculado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas e ao Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas, com a participação de professoras vinculadas a vários departamentos de ensino da UFSC ofereceu, em 2012/2013, o projeto Gênero e Diversidade na Escola aos profissionais da Educação Básica da rede estadual de educação do estado de Santa Catarina e da(s) rede(s) municipal (ais) de educação de várias escolas do Estado. O curso se insere na modalidade de formação continuada de profissionais da educação, tratando das temáticas de gênero, raça/etnia e orientação sexual, possibilitando aos professores/as condições de observar e introduzir nas suas reflexões e práticas pedagógicas as relações de gênero, contribuindo com a construção de uma educação inclusiva, não sexista e não homofóbica.

Autor: Ochy Curiel

Referência Completa: CURIEL, Ochy. LA NACIÓN HETEROSEXUAL. Análisis del discurso jurídico y el regímen heterossexual desde la antropologia de la dominación. Bogotá: En la frontera y Brecha Lésbica, 2013. 198p

Tema: Desde lo que la autora denominó la Antropología de la Dominación, que consiste en develar las formas, maneras, estrategias, discursos que van definiendo a ciertos grupos sociales como “otros” y “otras” (sobre todo a las mujeres y las lesbianas) desde lugares de poder y dominación, se retoman los aportes del lesbianismo feminista, como propuesta teórica política, de la antropología política y la teoría marxista, particularmente los aportes de Antonio Gramsci sobre el concepto de hegemonía, para analizar la heterosexualidad, como un régimen político, basado en la ideología de la diferencia sexual como su base ontológica y la relaciona con la construcción de la nación a través de un análisis del discurso del texto de la Constitución Política Colombiana del 1991, como su ley suprema. Profundizando en las concepciones sobre mujer, hombre, familia, parentesco, nacionalidad, entre otras, la autora muestra cómo este régimen está contenido en los discursos escritos y jurídicos tanto del texto constitucional, como en los argumentos emitidos por los y las constituyentes en la Asamblea Nacional Constituyente que dio origen a la Carta Magna.

Autor: Olga Regina Zigelli Garcia e Miriam Pillar Grossi

Referência Completa: FUXICO: uma maneira lúdica de contribuir para o aprendizado das questões de gênero, sexualidades e raça/etnia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.

Tema: Durante o Fazendo gênero vai ser lançado o livro FUXICO que consiste em um jogo elaborado pela equipe do curso EAD Gênero e Diversidade na Escola, da UFSC, inspirada pelo jogo PERFIL da Grow. Este jogo visa contribuir para aprendizado, reflexão e fixação dos conteúdos do curso GDE, através de uma experiência lúdica. O jogo foi pensado para ser utilizado junto a jovens do Ensino Médio e universitário a partir do entendimento de que as brincadeiras precisam fazer parte do cenário de ensino-aprendizagem para que as temáticas de gênero e sexualidade sejam apreendidas de forma agradável e instigante. O objetivo principal deste jogo é proporcionar a quem está jogando conhecimentos sobre as temáticas do respeito às diversidades de gênero e orientação sexual, étnicas e outras, de maneira gratificante, espontânea e criativa. É na esperança de que o jogo possa ser de grande utilidade para cada professor/a que o utilizar que desejamos a todas/os uma bela aventura no campo dos estudos de gênero e diversidade.

Autor: Rafaela Cyrino

Referência Completa: CYRINO, Rafaela. Mulheres executivas: a divisão do trabalho doméstico à luz dos estereótipos de gênero, Belo Horizonte: Fino Traço, 2012, 188p.

Tema: Até que ponto um maior investimento profissional feminino altera uma configuração familiar mais tradicional onde a mulher assume a maior parte das tarefas domésticas em casa? A partir de uma analise profunda da divisão do trabalho doméstico no domicilio das mulheres executivas, este livro evidencia uma forte presença de estereótipos de gênero justificando uma divisão desigual do trabalho doméstico. Assim, a maior parte das mulheres executivas pesquisadas, embora trabalhe mais do que os homens, em casa e na empresa, percebe a divisão do trabalho doméstico como “justa” por considerarem que são naturalmente mais competentes do que os homens em tarefas como a administração da casa e o cuidado com os filhos. Este livro assume a ousadia de colocar em questão esta associação natural entre as mulheres e o espaço doméstico, mostrando até que ponto aspectos simbólicos e inconscientes contribuem para a manutenção de situações de desigualdade entre os sexos.

Autor: Rita de Lourdes de Lima

Referência Completa: LIMA, Rita de Lourdes de. Gênero e Diversidade: o que estas questões têm a ver comigo? Editora: E-digital, 2012. (Ebook)

Tema: Este material objetiva inserir as discussões sobre relações sociais de gênero (incluindo a discussão étnica-racial e questão da diversidade sexual) de forma transversal no curso de graduação de Serviço Social da UFRN. Uma parte do seu conteúdo está apresentado, de maneira mais formal, no relatório final do estágio pósdoutoral realizado na UFRJ. Outras partes foram construídas por ocasião do Doutorado e ao longo dos anos de docência, lecionando a disciplina sobre gênero no curso de Serviço Social. Optamos pela produção do mesmo em forma de e-book, com ênfase em material visual e lúdico, o que, evidentemente, não exclui a reflexão/análise. Para isto este e-book foi dividido em 7 partes. A primeira delas, denominada “Afinal o que são relações sociais de gênero?”, deve ser utilizada para introduzir a discussão em todos os períodos do curso. As demais são interdependentes, mas inter-relacionadas e cada parte destinar-se-á a um período específico do curso e a uma disciplina deste respectivo período.

Autor: Rosana Mirales

Referência Completa: MIRALES, Rosana. Violência de gênero: dimensões da lesão corporal. Cascavel: EDUNIOESTE, 2013.

Tema: Os estudos que geraram esse livro decorrem da quantidade razoável de pesquisas focados naquelas situações de violência, que os processos administrativos da justiça, levavam à compreensão de que são pequenos crimes ou crimes de menor potencial ofensivo. Agregado a isso, na época, os movimentos feministas e das mulheres lutavam por maior rigorosidade na criminalização de práticas consideradas de menor potencial ofensivo, o que se efetivou com a Lei Maria da Penha, que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. A segunda questão que definiu o objeto de estudo foi a ausência de pesquisas sobre os resultados a que chegaram aquelas situações que eram entendidas, antes de 2006, como crime de lesão corporal grave (LCG). A forma de administração jurídica e os resultados aos quais se chegava com o julgamento desses crimes foi o que se buscou compreender. O aprofundamento disso, poderia contribuir para o fortalecimento das lutas em torno da busca pela criminalização da violência doméstica cometida contra as mulheres. A pesquisa foi realizada no município de São Carlos (SP), onde se percorreu a tímida rede de serviços de atendimento à mulher que se encontrava em situação de violência e a análise de processos jurídicos que envolviam a violência física de gênero ocorrida em âmbito doméstico.

Autor: Sara Beatriz Guardia. Losandro Antonio Tedeschi (Apresentação)

Referência Completa: GUARDIA, Sara Beatriz. Viajeras entre dos mundos. TEDESCHI, Losandro Antonio (Apresentação). Dourados: Editora UFGD, 2012. 943p.

Tema: Desde finales de los años 70 asistimos a una eclosión de trabajos sobre la Historia de las Mujeres que ha posibilitado contar la historia desde su opresión bajo el sistema patriarcal. Una historia de resistencia y rebelión, marcada por grandes retos para superar su condición económica, social, ética y humana. En este libro Viajeras entre dos mundos, encontraremos una nueva forma de mirar la historia de las mujeres, producto de un extraordinario esfuerzo para visibilizar a las mujeres que se aventuraron en viajes largos y peligrosos a los largo de varios siglos. Relatos que tomados de las “historias”, construyen “otra” narrativa, invisible en la historiografía oficial. Como testigo ocular de realidades pretéritas, esas mujeres viajeras tienen una posición privilegiada como informantes. Además de lo que sus percepciones registran, hay también en sus relatos compilaciones de otras fuentes (primarias y secundarias), material lingüístico, iconográfico, cartográfico y elementos de la tradición oral que componen el conjunto de la obra que presentamos. Desde el comienzo de la escritura de la historia y aún antes cuando la transmisión oral registraba los hitos y las creencias fundamentales, los viajes fueron territorio masculino, unido a la aventura, la audacia y el valor; mientras que las mujeres se mantuvieron confinadas al hogar y a la vida sedentaria.

Autor: Silvana Maria Bitencourt

Referência Completa: BITENCOURT, Silvana Maria. Maternidade e Carreira: Reflexões de Acadêmicas na Fase do Doutorado. Jundiaí: Paco Editorial, 2013.

Tema: A presente obra é resultado de minha tese de doutorado que abordou a compreensão da maternidade entre mulheres acadêmicas de uma universidade pública no sul do Brasil durante a fase do doutorado. Para isto, realizei uma pesquisa de campo com três coletivos compostos de: mulheres sem filhos; mulheres gestantes e mulheres mães. Nesses grupos descrevi as referências de maternidade compartilhadas por esses para compor o presente estudo. Assim, são analisados os discursos de doutorandas sem deixar de considerar a análise do papel de várias instituições neste processo, que envolve a produção do conhecimento e a reprodução humana, portanto, o significado de ser cientista e ser mãe na sociedade brasileira atual

Autor: Silvia Maria Fávero Arend; Gláucia de Oliveira Assis; Flavia de Mattos Motta

Referência Completa: AREND, Silvia Maria Fávero; ASSIS, Gláucia de Oliveira; Motta, Flavia de Mattos. Aborto e Contracepção. Histórias que ninguém conta. Florianópolis: Insular, 2012.

Tema: A obra traz um olhar complexo e sutil para o difícil tema do aborto voluntário no Brasil. É fruto da colaboração de pesquisadores de várias áreas do conhecimento, tais como, Antropologia Social, História, Pedagogia e Enfermagem. Na primeira e segunda parte do livro abordam-se as experiências e sentimentos ambivalentes de mulheres, de bairros populares da grande Florianópolis (SC), que intervieram para provocar o término prematuro de uma gravidez. Na terceira parte da obra o foco da análise desloca-se para a mídia impressa. Matérias jornalísticas da grande imprensa (Revista Veja) e as publicações dirigidas especificamente aos fiéis da Igreja Católica são analisadas a luz dos debates da biopolítica. Conforme afirma a antropóloga Cláudia Fonseca, “a grade qualidade desta proposta é que, ao mesmo tempo, em que retrata os diversos pontos de vista, não se furta à responsabilidade de assumir uma perspectiva “posicionada”, mostrando claramente a “voz” autoral (ao lado de outras, divergentes) não como verdade última, mas como uma postura bem fundamentada que convoca leitoras e leitores a entrar no diálogo e a refletir junto com ela.”

Autor: Sonia Maria Giacomini

Referência Completa: GIACOMINI, Sonia Maria. Mulher e Escrava. Uma introdução histórica ao estudo da mulher negra no Brasil. 2.ed. Curitiba: Editora Appris, 113p.

Tema: Mulher e Escrava – uma introdução his¬tórica ao estudo da mulher negra no Brasil esmiúça as tensões inerentes aos papéis sociais e sexuais da mulher escrava no Brasil, tentando construir uma ótica que dê conta das con¬dições de vida resultantes dessa dupla identidade, abordando com seriedade um tema que a historiografia sobre a escravidão simplesmente negligenciou ou tratou de ma¬neira estereotipada e superficial. Em contraponto com imagens ideologicamente construídas – um componente a mais da exten¬sa família patriarcal, embaixadora da senzala na casa-grande, do¬tada de certa independência econômica e sexual –, o quadro que surge da pesquisa dimensiona de maneira realista a combinação ou, para usar um termo de emprego mais recente, a interseccionalidade de gênero, raça e classe inerentes à situação da mulher escrava. Temas como materni¬dade, família escrava, as mães-pretas, a escrava como objeto sexual e a relação senhora e escrava são esmiuçados enfocando como a interrupção tardia do tráfico gerou as condições para que a capacidade produtiva da mulher escrava fosse privilegiada, em detrimento do seu potencial repro¬dutivo. A ocorrência de gravidez, maternidade e lactação trans-formavam-se em penalidade adicional para as escravas e os casos não infrequentes de abortos e infanticídios poderiam indicar uma dimensão da resistência escrava.

Autor: Susane Rodrigues de Oliveira

Referência Completa: OLIVEIRA, Susane Rodrigues de. Por uma História do Possível: Representações das Mulheres Incas nas Crônicas e na Historiografia. Jundiá: Paco Editorial, 2012. 252 p.

Tema: Quando os espanhóis chegaram aos domínios do Tawantinsuyo, por volta de 1532, se depararam com mulheres indígenas, cujos papéis e funções não se encaixavam nos padrões europeus, prescritos e naturalizados para o sexo feminino. Essas mulheres tinham participação ativa e importante na sociedade, exercendo poder e autoridade na organização política dos Incas, sendo inclusive adoradas e reverenciadas como huacas, heroínas e governadoras. Este livro apresenta um estudo das imagens/representações destas mulheres veiculadas nas crônicas coloniais e na historiografia contemporânea a respeito das origens e expansão do Tawantinsuyo.

Autor: Vívian Matias dos Santos.

Referência Completa: SANTOS, Vívian Matias dos. Mulheres e homens na política de ciência e tecnologia. Fortaleza: EDMETA, 2012.157p.

Tema: A obra “Mulheres e Homens na Política de Ciência e Tecnologia” é fruto de uma análise consistente de como mulheres e homens participam do processo da formulação das ciências num campo de conflitos entre visões de mundo diferenciadas e descontínuas. Partindo dessa intenção, a autora percorreu longos caminhos para que, de modo mais aproximado fossem esboçados traços de sociabilidade no campo científico, estabelecida sobre bases desiguais. Para tanto, delimitou seu estudo sobre uma realidade mais específica, a participação de mulheres e homens na Política de Ciência e Tecnologia, na Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP. Este recorte permitiu-lhe uma ressignificação da política de fomento à produção cientifica e tecnológica como determinante/determinada das/pelas relações de gênero estabelecidas nos campos político e científico, intrinsecamente vinculados. Segundo a autora, tal compreensão do problema se fez necessária, no sentido de alcançar um objetivo mais amplo, que foi analisar em que proporção se deu a participação de mulheres e homens na produção científica e tecnológica financiada pela FUNCAP, tomando como referência o período de 1994-2004. A necessidade de tal elaboração, no entanto, se deu no sentido de mapear a participação de mulheres e homens na ocupação de cargos relevantes para a definição da Política de Ciência e Tecnologia no Brasil.


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